sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

What I know about Brazilians...

Desculpe minha gente, mas não resisti. Preciso publicar um texto que não é meu. É um texto genial, excelente, me acabei de rir com ele. Um gringo (desconfio que alemão) que está morando no Brasil e destacou 100 coisas que ele reparou sobre os brasileiros. Vale a pena a leitura!

 É só clicar aqui .Blog do Manuel Schneider.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Vídeo

Hoje o post não é sobre mim, hoje é sobre ser au pair, e vai ficar por conta da Juliane.

A Juliane é au pair nos EUA, na Califórnia, e ela fez um vídeo muito engraçado (e verdadeiro) contanto um pouco sobre como é ser au pair. É só clicar aqui para assistir. Confesso que depois de ter assistido, fiquei com vontade de fazer uns também, quem sabe...



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Patinando


Hoje fui à Praça Sainte Catherine (perto do Grand Place), onde montaram um mercado de natal, foto acima (foto do mercado do ano passado). É comum aqui na Europa esses mercados de natal, montam em diversas cidades, sendo que os mercados alemães são os mais famosos. Nas barraquinhas pode-se encontrar de tudo, mas o que mais se vende mesmo é comida e vinho quente.

Aproveitei o tempo maravilhoso para patinar. Aqui em Bruxelas (e acredito que na Bélgica toda) o clima não é dos melhores, dizem que é igual a Londres. Aqui sempre chove, é raro ver o céu sem nenhuma nuvenzinha, então temos que aproveitar os dias ensolarados e secos como o de hoje.

Reparei que no outono, quando ainda não estava tão frio, em um dia fazia sol, no outro chuva, alternando religiosamente. Agora que as folhas já cairam e a neve chegou, reparei que são raros os dias em que o sol aparece. Mas sobre o clima falarei mais tarde... Por enquanto, aproveitem para dar uma espiadinha nas minhas peripécias sobre o gelo (e quase um tombo, desta vez cai pouco, só 3x, da outra vez foram 7). 



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A gota d'água

(Continuando... desculpe o post longo)

Essa história já está ficando chata né? Eu sei que no geral as pessoas não gostam de ler coisas ruins, eu só resolvi contar tudo para as futuras au pairs saberem que nem tudo são flores, já que a maioria dos blogs de au pairs só relata a vida boa: as viagens, saídas e amizades. Eu acho importante relatar tudo, tanto bom quanto ruim porque assim as pessoas podem tomar decisões mais sábias. Então vamos continuar que eu não aguento mais essa história, quero logo contar sobre essa família nova maravilhosa!

Minha vida lá na família francesa não melhorou muito. Toda semana, religiosamente, eu ouvia uma bronca. Com as kids, a coisa era outra. Eu já estava pegando o jeito, aprendendo suas manias e palavras proibidas, como driblar choros e fazê-las me obedecer. 

Até que eu não achava a vida lá ruim não (exceto aos sábados que eu tinha que trabalhar 12h seguidas sem intervalo). A gota d'água foi a viagem à Saint Tropez.

Saint Tropez, ah, Saint Tropez! Um dos lugares mais chiques para passar férias na Europa, pena que fui a trabalho. Não posso negar, é realmente bonita. A água do mar é cristalina, areia clara e as casinhas antigas dão um clima super bacana. Mas não pude aproveitar nada disso.

Passamos duas semanas de férias. Para que não fique nenhum mal entendido em relação a minha situação, vou adotar aspas para a palavra "férias". Que fique claro que era férias para a família, dobro de trabalho para mim.



Na primeira semana, duas amiguinhas das meninas ficaram na casa (uma de 9 e outra de 11 anos). Ou seja, tinha que dar conta de 5 (nas horas das brincadeiras, porque na hora do banho e refeições era com a mãe delas). Meu expediente ia do momento em que o menino acordava (por volta das 8h30) até a hora que ele ia dormir (o que variava entre 21h até 1h da manhã, quando eu tinha que dar uns pitos neles, ajudá-lo a ir ao banheiro ou fazer uns sanduíches noturnos). Ou seja, no geral eu trabalhava todos os dias 12h direto, sem intervalo! (Em um próximo post, vou escrever mais sobre a rotina de uma au pair).

Finalmente domingo chegou, dia de folga, perguntei para os meus hosts se eles poderiam me deixar na cidade para eu passear um pouco (a casa em que estavamos ficava no meio da estrada). A reação que se seguiu foi inesperada.

Meus hosts me falaram que eu não tinha "dia de folga" quando eles saiam de férias. Que as "férias" eram deles, e que portanto eu teria que trabalhar todos os dias. Ela ainda disse: "estamos te pagando a mais, então é para trabalhar a mais. Além disso, estamos no meio do mato, não em Bruxelas, aqui não tem onibus, metro ou tram não, como que você quer ir e voltar do centro? E vai fazer o que lá sozinha?"

Tentei negociar e eles concordaram em me dar um dia a mais de folga quando voltassemos para Bruxelas.  No final da segunda semana, eu já estava contando os segundos, cansada demais.


Ultimate Fight! De volta à Bruxelas.
Jantamos, desfiz as malas, coloquei as roupas para lavar, finalmente a vida estava voltando ao normal...

Na mesma noite, como o mês já tinha virado, fui pedir para a minha host o meu salário e o dinheiro extra  (pelas horas extras que fiz na viagem). A baiana rodou legal nessa hora! (eu não podia tocar na palavra "dinheiro" com a host, assim como não podia tocar na palavra "dormir" com o menino que ele fazia um escândalo).

Quando eu pedi o dinheiro extra, a host respondeu "mas a gente não paga extra para au pair". Opa! Para tudo! Como assim??? Nessa hora eu arregalei os olhos e a discussão só foi piorando. No fim eles me pagaram cem euros a mais, disseram que eu não sabia o que era ser au pair (me mandou pesquisar) e me mandaram fazer as malas pois amanhã eu estaria "dehors" (fora).

(Só para ser justa com a host, no dia seguinte ela disse que eu poderia ficar mais uma semana, para procurar uma nova família, mas eu teria que trabalhar).

Saindo da casa
No dia seguinte fiz as minhas malas e fui para a casa da Larissa (ex au pair), que me salvou! (Obrigada Larissa, não sei o que eu teria feito!). Imaginem uma garota de 50kg, andando por Bruxelas com duas malonas de 20kgs cada, subindo e descendo escada de metro, tentando pegar tram, parando pra olhar mapa e tudo debaixo de chuva. Só consegui porque estranhos me ajudaram no caminho (fico muito grata a essas pessoas). No dia seguinte, migrei para a casa da Carla (au pair aqui também). Foi outro drama para chegar até lá.

Da casa da Larissa fui andando até a estação Nord do trem, comprei minha passagem e subi para a plataforma. Subir foi fácil, tinha escada rolante. Faltando 5min para o trem chegar, escuto um aviso de que tinham mudado de plataforma, lá vou eu descer as malonas (sem escada rolante), subo do outro lado, trem errado; mudo de plataforma (desce e sobe), perco o trem. Desci para pedir informações, guichê de info fechado. Nisso já era meio-dia, fui para o Panos (uma lanchonete) comer um sanduiche, e de repente as lágrimas começaram a cair loucamente, não conseguia controlar... Nesta hora a Carla me ligou e eu não conseguia falar de tanto que soluçava, conversamos por mensagem, expliquei a situação, e de repente ela me liga dizendo que estava indo me buscar de carro. Acho que nunca fiquei tão agradecida na vida pela gentileza do host dela. Minhas mãos já estavam cheias de calos de ficar puxando malão. No carro eu só chorava...

Eles me deixaram ficar lá a semana toda, mas, naquele mesmo dia (domingo) eu tinha uma entrevista marcada com uma família alemã. Eu já estava com vontade de voltar para o Brasil, mas minha amiga me convenceu de, pelo menos, ir na entrevista. Fui, gostei da família, e eles de mim, e tive um novo rematch! Terça daquela mesma semana, ou seja, 4 dias depois de ser expulsa da casa, eu já estava trabalhando de novo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A primeira bronca a gente nunca esquece


Continuando minha história na primeira família...

Antes de embarcar para a Europa, minha host tinha combinado que pagaria a minha escola de línguas para mim, deduzindo do meu salário (deixou isso bem claro), como ela tinha feito com as au pairs anteriores, e eu não teria que me preocupar em pagar. Eu concordei, não fazia diferença para mim.

Um dia, na escola, vi os estudantes pagando eles mesmos, e também fiquei com vontade de lidar eu mesma com essa questão, afinal eu estava trabalhando para ganhar dinheiro e pagar as minhas despesas (sem contar que o curso era meu, o problema era meu, certo?). Cheguei em casa naquele dia e, antes de pegar as kids na escola, fui falar com a minha host.

"Oi host, tudo bem? Escuta, eu gostaria de te pedir uma coisa. Eu gostaria de eu mesma pagar a minha escola. Então ao invés..."

Eu não cheguei a terminar a frase, e ela já começou a berrar comigo. Berrava pior do que com os próprios filhos. Arregalava os olhos e apontava o dedo.

Eu fiquei chocada com a reação exagerada dela. Foram bem uns 15 minutos sem parar. E claro que, neste momento, todo o meu francês foi embora. Eu simplesmente não conseguia formar frases. Na primeira palavra que tentava pronunciar, ela elevava o tom de voz. Respirei fundo e comecei a falar em inglês mesmo.

Expliquei que era apenas uma questão de aprender a me virar, de administrar o meu dinheiro, que queria fazer isso por mim, não tinha nada a ver com ela. 

Depois de mais uns dez minutos de gritaria (dessa vez em inglês), ela concordou que eu tinha direito a me virar sozinha se eu assim quisesse, e concordou em me dar o salário integral. 

Fiquei chocada com a reação, principalmente porque mal tinha uma semana que eu tinha chegado. Ela não tentou sentar e conversar, ela não me pediu para explicar meus motivos, nada, simplesmente começou a gritar. Mal sabia eu que a gritaria seria uma prática semanal, cada vez um motivo diferente, claro.

Na última bronca, a pior, eu já estava craque, e soube administrar com a maior classe! (Demonstrando calma e paciência, sem alterar o tom de voz; o que só a irritou ainda mais).

Eu, que já não estava me sentindo muito confiante na família depois daquele email (pode-se ler aqui), passei a ter antipatia pela minha host. Depois, com outras broncas, percebi que ela tampouco estava interessada em saber sobre a minha vida, minha família (foi a segunda bronca), pois ela logo me cortava. E assim percebi que tampouco daria para me aproximar dela, que não era amiga dela, que eu estava ali a trabalho, era uma funcionária. Desde então me fechei ainda mais. E a situação só piorava...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Traumas (ou desastres por falta de atenção): I

Estou criando um padrão aqui na Europa realmente preocupante. Toda vez que chego numa nova família (ainda bem que só foram duas família e espero nunca mais precisar trocar) faço alguma besteira relativamente grave, por pura falta de atenção.

Primeira casa, primeiro acidente:
Uma noite meus hosts sairam para jantar e fiquei de babysitter. As kids já estavam dormindo, então resolvi aproveitar o tempo para lavar roupa. Infelizmente, uma das peças era uma calça jeans nova. Eu, como era novata nessa área, achei que calça jeans contava como peça de roupa colorida e enfiei tudo na máquina de lavar e secar. 

A máquina de secar ia demorar muito tempo e meus hosts podiam chegar a qualquer momento, então resolvi tirar as roupas antes da hora, ou seja, ainda estava úmidas. Subi para o meu quarto e taquei tudo em cima da cama para dobrar depois. Foi quando notei que minhas roupas estavam azul clarinho. Fiquei aborrecido, e quando tirei tudo da cama, fiquei apavorada!

A colcha chique e branca estava azul! Na hora bateu desespero e raiva. Corri para a internet e descobri que a colcha custava mais caro que o meu salário. Ai é que o desespero aumentou!  Pedi socorro, aos prantos, para a minha mãe (e tem pessoa melhor para nos socorrer nessas horas? mãe sabe de tudo!). E nesta hora os hosts chegaram.

Minha mãe mandou eu colocar a colcha embaixo d'água quente e esfregar com um sabonete claro, antes que a mancha secasse. Como eu não queria que meus hosts vissem, tive que esperá-los irem dormir, e claro que nesse tempo a mancha secou. E meu desespero só aumentando...

Assim que eles apagaram a luz do quarto, corri para o banheiro, meti a colcha na banheira e liguei o chuveirinho na água mais pelando possível. Esfreguei a maldita colcha por quase uma hora sem parar (metade da colcha estava azul), com lágrimas de raiva escorrendo. Até que eu percebi que a mancha estava saindo, magicamente (com muito muque) ia sumindo. Que alívio!

Depois de branquinha, coloquei na maquina de secar e voilà, ficou como se nada tivesse acontecido. Quer dizer, nada na colcha e uma lição a mais para mim!

Desta vez deu tudo certo, meu próximo trauma que seria muito mais... traumatizante (e perigoso).

domingo, 25 de novembro de 2012

Transporte Público de Bruxelas

O transporte público aqui em Bruxelas é uma das coisas que mais me fascina nessa cidade. Tem de tudo o que você pode imaginar e mais. Ontem descobri um taxi maravilhoso. Vamos começar do começo.

Em Bruxelas existe: metro, tram, onibus, taxi e trem. 

TREM
O trem não faz parte do sistema de transporte público da cidade em si. Ele faz a conexão entre cidades belgas e estrangeiras. 

As principais estações de trem da cidade são a Gare du Midi, Gare Centrale e Gare du Nord. A Midi é a mais importante. É de onde partem a maioria dos trens que vão para outros países (atenção, a Midi também é a mais perigosa). Da Gare Centrale saem a maioria dos trens que vão para outras cidades aqui da Bélgica, e os trens da Gare du Nord vão para países ao norte, como Inglaterra e Holanda.

*Atualização (12/03/2015): Todos os trens para outros países partem da Gare du Midi. Os trens da Gare du Nord vão apenas para outras cidades dentro do país. Não existe trem noturno saindo da Bélgica. E se você for pegar o trem, principalmente em horário de pico, preste atenção porque eles costumam ter atraso e mudar de plataforma.

Dicas: existem dois tipos de trem aqui na Bélgica, o IC (entre estações centrais) e o IR (entre municípios). Os trens IC são aqueles que fazem só as principais estações, ou seja, vão direto para o destino final, sem ficar parando em todas as cidadezinhas, geralmente os IC vão para as cidades mais importantes. Já o IR para em todas as estações que houver pelo caminho, ou seja, quem pegar este trem vai descobrir que as viagens são mais longas. Então na hora de viajar, preste atenção nesse pequeno, mas importante, detalhe.


METRO E TRAM
Aqui em Bruxelas existem só quatro linhas de metro, e elas são duplas. Você deve estar se perguntando "o que raios são linhas duplas". Olhe o mapa do metro abaixo. As linhas 1 e 5, por exemplo, começam em lugares diferentes mas se juntam e fazem as mesmas 12 estações, para depois se separarem de novo. A mesma coisa acontece com as linhas 2 e 6. 

Metro linhas 1, 2, 5 e 6. A linha 3 e 4 são de Tram.
Quando eu cheguei por aqui e descobri isso, achei a coisa mais bizarra do mundo, sem contar um total desperdício de recursos. Para que fazer duas linhas diferentes que fazem o mesmo percurso se a cidade é enorme e precisa de transporte em outras regiões? Apesar disso parecer estranho, é de extrema utilidade. Pense no horário de pico. 

Imagine que você está na Sé e quer ir para a estação Barra Funda (SP) às seis da tarde. Aquela muvuca, empurra-empurra e cheiro de CC já veio à mente? Agora imagine que para chegar à Barra Funda existem 2 linhas de metro de destinos diferentes que passam pela Sé, fazem as mesmas estações até a Barra Funda e depois fazem caminhos diferentes. Ou seja, para o seu destino, você pode pegar qualquer um dos dois metros.

Deste modo, se a linha A estiver cheia, pode ser que a linha B esteja mais vazia (já que os destinos finais são diferentes varia a quantidade de gente de metro para metro). Assim, você pode evitar de pegar a linha mais cheia, é mais conforto para você e para àqueles que não tem opção e precisam pegar a linha mais cheia.

Abaixo foto do painel das estações do metro, muito útil e inteligente. Repare que nele há duas linhas, a 1 - Stockel (minha linha - lilás) e a 5 - Hermann-Debroux (amarela). São duas linhas porque na estação onde tirei a foto passam 2 trens de destinos diferentes. O trajeto em cinza são as estações que ficaram para trás (sentido contrário), e as coloridas é para onde o metro seguirá. Os pontos vermelhos são luzinhas indicando aonde está o metro no momento (chique, não?). E por último, os números "4" e "1" a direita do nome da estação indica quantos minutos até o próximo metro chegar.


De qualquer forma só 4 linhas de metro é muito pouco, e por isso a cidade ainda conta com 20 linhas de Tram. O Tram, para quem não conhece, é um metro de superfície, o antigo bonde. Ele costuma ser mais lento que o metro, mas é tão útil quanto. E a maioria das linhas também são duplas. (Em breve farei outro post só explicando os trams).



ÔNIBUS
Além dos transportes elétricos, também existem os ônibus  Ao total são 50 linhas só dentro da capital (ainda temos os ônibus intermunicipais).

O que eu mais gosto dos ônibus é que eles andam por cima da cidade, ou seja, você vê a cidade. Quando eu ando de metro, toda vez que desço em uma estação nova, me deparo com uma paisagem completamente diferente e sempre fico encantada imaginando onde eu estou, e sinto que estou perdendo a cidade. Por isso acho mais interessante andar de ônibus. O problema é saber onde descer.

Não sei quanto a você, leitor, mas no Brasil eu sempre detestei pegar ônibus sozinha para algum lugar desconhecido, simplesmente porque eu nunca sabia quando dar sinal para descer. Por isso, eu sempre evitei pegar ônibus por aqui. Se já não sei qual ponto descer na minha cidade natal, imagina no exterior (aqui não tem como pedir para o cobrador dizer qual é o seu ponto, primeiro porque não tem cobrador, segundo porque eu teria que explicar o local em francês).

Mas quinta passada não tive opção. Peguei um ônibus e fiquei encantada ao descobrir que eles tem uma televisãozinha na qual mostra o nome das próximas paradas, ou seja, eu não perderia o ponto! Devo dizer que quem inventou isso foi genial! Uma coisa tão simples e tão útil.Agora acho que só vou pegar ônibus daqui em diante...

Clicando aqui ou aqui você pode ver os mapas do transporte público de Bruxelas. 

NOCTIS (onibus da madrugada)
Infelizmente o metro, o tram e ônibus param de funcionar por volta da meia noite e meia e só reabrem às seis da manhã. Para isso criaram os "noite-bus". São os ônibus que circulam de madrugada. São ao todo 17 linhas, que funcionam de sexta e sábado (somente), da meia noite às 3h da manhã, com partidas de meia em meia hora. Eles saem quase todos do centro (estação Bourse).

A idéia é boa, mas se a festa acaba as 3h30 da manhã, você vai ter que esperar três horas na escuridão até o metro reabrir, ou terá que desembolsar uma grana para o taxi. 

Pensando nisso, criaram a idéia mais genial de todas. O Taxi Collecto (que usei recentemente e amei!). 

TAXI COLLECTO
O Taxi Collecto é um sistema de taxi que funciona todos os dias das 23h às 6h da manhã. Ele foi criado para suprir a falta de transporte público na madrugada. Cada viagem custa 6 euros (por pessoa), não importa a distância a ser percorrida (mais sobre o Collecto no site).

Ele funciona da seguinte maneira. Por toda a cidade existem pontos deste taxi (como pontos de onibus). Você deve ir em um desses pontos, ligar para a central (tem o número na placa), informar o número do ponto em que está, seu destino e seu nome. Dentro de 15 ou 30 minutos chega o taxi. Como é um taxi mais barato, o motorista vai parando no caminho para pegar mais pessoas que vão para a mesma região que você (até encher o carro). Por este motivo, pode ser que a viagem demore um pouco mais do que um taxi normal. Mas o custo certamente compensará.

A viagem custa sempre 6 euros, exceto para quem tem a carteirinha STIB, que paga 5 euros.

STIB
STIB (Société des Transports Intercommunaux de Bruxelles) é o nome da companhia que cuida do sistema de transporte público aqui de Bruxelas. Aqui está o site para quem quiser se informar melhor.  

A carteirinha STIB é um tipo de bilhete único. Existem os bilhetes anuais e mensais. Os bilhetes anuais custam por volta de 500 euros e para obtê-los é necessário ser residente. Os bilhetes mensais custam por volta de 50 euros. Qualquer pessoa pode fazer um bilhete mensal, inclusive turista, basta apresentar o passaporte e levar uma foto 3x4 (isso mesmo, não precisa comprovar hospedagem, nada). Ambos os bilhetes podem ser usados quantas vezes for necessário, não há um limite de viagens. Só podem ser usados em metro, tram e onibus (exclusivamente os da capital). 

Tarifas. Para quem não vai fazer uma carteirinha STIB é bom conhecer as tarifas dos transportes. Existem diversos tipos de bilhetes.
1 passagem = 2euros
Viagem de ida e volta (2 passagens) = 3,50e. (1,75 por viagem).
5 viagens = 7,50e (1,50 por viagem)
10 viagens = 13,00e (1,30 por viagem).
1 dia = 6,00e (passe do dia, pode ser usado quantas vezes quiser somente naquele dia. Acho este passe caro, em Liège por exemplo, o passe do dia custa 3,40).
Descobrindo Bruxelas: existem 3 opções: 1 dia (6,00e), 2 dias (10,00e) e 3 dias (13,00e).
Tudo sobre as tarifas no site.

Você pode comprar o bilhete em maquinas (que só aceitam moeda ou cartão), nos caixas (não são todas as estações que tem caixa) ou dentro do tram ou onibus (nunca dentro do metro! Atenção: os bilhetes comprados dentro do tram ou do onibus costumam ser mais caros).

Boa viagem e curta Bruxelas!

*Atualização 2015: desde que publiquei esse texto as tarifas foram alteradas (a passagem simples passou a 2,10, a do dia foi para 7,50) e alguns bilhetes foram abolidos. Nas maquininhas ao lado da estação só estão disponíveis os bilhetes: viagem simples, viagem do dia, viagem para o aeroporto. Os demais tipos devem ser comprados no guichê na aquisição de uma carteirinha.
Crianças menores de 6 anos viagem de graça.
Para saber mais entrem no site da companhia de transporte de Bruxelas clicando aqui.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Quase morri do coração

Não sei como não morri do coração hoje, porque ele parou duas vezes, no mínimo!!!

Lá estava eu, tomando conta da kid de 2 anos que está doente. Hora de fazer a siesta. Dou o leite e o inalador e ponho ela para dormir. De repente só escuto tosses e um barulho estranho. "Pronto", pensei, "matei a kid. Ela vomitou o leite e se sufocou!" Nunca subi escadas tão rápido. E lá estava ela, sentada, bonitinha, me esperando com um sorriso. Ufa!

Mas o pior ainda estava por vir...

15h lá vou eu buscar a outra kid na escola, um menino de 4 anos. Chegamos em casa e o menino estava capotado no banco de trás do carro. Respirei fundo porque sabia que no minuto que eu o acordasse viriam os gritos e choro. Depois de meia hora tentando acordá-lo delicadamente, peguei-o no colo e começou: chutes, tapas e muito grito.

Dentro de casa, mandei ele parar e disse para subir depois que se acalmasse... Subi e fui brincar com a oura kid. De repente um barulhão, fui correndo dar uma olhada e o que vejo? Nem eu estava preparada. O armário grande da entrada estava tombado no chão!!!

Dessa vez eu juro que senti o meu coração parar! Agora sim eu tinha matado a kid. Ele estaria embaixo do armário, mortinho. Desci correndo e já logo vi o menino do lado do armário, em estado de choque. Depois dessa, os chilique (ou caprice como eles chamam em francês) pararam, e ele ficou bonzinho o resto do dia.

Para ser au pair é preciso ter um coração de ferro!!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Terminou antes mesmo de começar

Há dois dias atrás me mudei para a casa da família. Vida nova, família nova, país novo. Estou somente há dois dias aqui, e já me sinto em casa. A família? Um amor. As kids? Uns fofos. A vida? Uma delícia! Mas não foi sempre assim desde que eu cheguei...

Como assim faz só 2 dias que cheguei na família, se já estou há um mês aqui? Se fiquei "turistando" este tempo todo? Não, quem me dera! Vamos ao começo...

Quem leu o post "austeridade francesa" deve ter se perguntado o que raios aconteceu. Aqui vai:

Eu achei uma família francesa que me escolheu como au pair. Trocamos muitos emails, conversamos muito pelo skype. Nos conhecemos em julho, em agosto fechamos e eles me queriam na casa dia 1 de outubro. Ou seja, eu tinha 1 mês para conseguir a documentação toda e enviar para eles. Corri atrás de tudo e, por sorte, deu tempo.

Tive alguns probleminhas para conseguir reunir toda a documentação, afinal eu precisei legalizar em 3 lugares diferentes (como já escrevi aqui). Uma semana antes de embarcar tive que mudar a passagem e foi um pouco complicado, mas consegui. Como de costume, informei a família sobre a passagens e as mudanças das datas. Há 3 dias do embarque, recebi um email chocante da família, e que jogou toda a relação por água abaixo (embora na hora eu não soubesse disso).

Aqui está a tradução do e-mail:

"Outra vez leio um email seu em que você está com problemas. A solução para a sua passagem eu não tenho. Eu acho que será muito complicado se você não conseguir achar uma solução por si mesma, é você que deseja vir.

Você tem 24 anos e se você deseja ser uma au pair é você que deve tomar boas decisões e se mostrar madura. Eu tenho 3 filhos e não preciso de uma quarta criança na casa. 

Se for muito difícil, é melhor que você fique no Brasil e nós não começamos uma relação complicada e difícil que será desastrosa para nós duas. 

Eu, infelizmente, já tive uma experiência ruim com uma outra au pair que não era adulta e foi muito difícil de lidar e principalmente eu não tenho tempo neste momento para solucionar os problemas dos outros.

A decisão é sua, se você vier seja adulta e madura. Boa noite".

Este email foi um choque. Um balde de água fria. Tremi nas bases e decidi não ir. Mas fui convencida de que ela estava me tratando como um chefe trata seu empregado. Respondi o email dizendo que ela tinha entendido tudo errado, que eu já tinha resolvido tudo. Criei coragem e embarquei.

Embarquei, mas não feliz como eu deveria estar. Embarquei com receios, mentalizando que era um emprego, decidida a não contar mais nenhum problema que eu viesse a ter no futuro. Fiquei mais fechada do que o esperado. E a relação, como só poderia ser, não aconteceu. O fracasso era eminente!

Mas antes de ruir de vez, muita coisa aconteceu!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Recomeçando

Sabe leitor, estive ausente não por falta de assunto ou interesse pelo blog, simplesmente não tinha tempo, nem mesmo para mim... O que me ocupou tanto? Bom, virei au pair!

Infelizmente cai em uma família que exigia que eu trabalhasse o dobro de horas do que uma au pair normal trabalha neste país. Assim, nas minhas horas livres, eu tentava ao máximo sair, conhecer pessoas novas e estudar (estudar foi pro saco). Nessa correria, acabei deixando o blog de lado. Mas estou de volta e cheia de coisas para contar! E é com este post que re-inicio o blog!

Em breve contarei tudinho que se passou por aqui. Continuem aparecendo...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Excuser mon absence

Desculpem-me leitores, mas não poderei atualizar o blog até dezembro. Ando extremamente sem tempo, mas já fiz uma lista de assunto que pretendo escrever assim que possível. Mas não esqueçam do blog, ele vai continuar...


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Austeridade francesa

Hoje vou falar da austeridade francesa. Talvez esta não seja a melhor palavra a ser empregada, talvez seja mais justo dizer o "jeito francês". Independentemente do nome, hoje senti pela primeira vez a austeridade francesa, e devo dizer, não é nenhum pouco agradável.

Eu já tinha ouvido falar neste famoso jeito-francês-de-ser, já tinha lido em diversos blogs e crônicas, com certeza já conhecia, mas não estava preparada para senti-lo na pele. Este é um daqueles choques culturais típicos, dos mais chocantes! 

Nós brasileiros não somos diretos, não vamos dizer na cara da pessoa que não gostamos dela, simplesmente não funciona assim. Mas os francês não, eles vão dizer tudo o que pensam na sua cara, fazendo questão de saber que você entendeu direitinho. E isso dói, assusta e dá uma nostalgia sem tamanho do nosso querido Brasil. 

Depois de levar uma patada à la francesa dessas (um balde de água fria, um chacoalhão, como preferir chamar) você vai entender porque todos dizem que preferem o Brasil, vai concluir que os brasileiros são gentis e calorosos, vai te fazer pensar em morar mesmo na terrinha amada. É um choque, mas respire fundo, não vale a pena passar a odiar os franceses só porque eles expressaram a própria cultura. É difícil, com certeza, mas você aprende que não dá para continuar muito brasileiro em terras francesas, que, para sobreviver, você vai ter que criar um certo escudo e seguir em frente, ou então voltar para o Brasil. Ou você pode encarar como um aprendizado. Não importa como vai encarar, só saiba que este é o "jeito francês de ser".

Agora, mesmo depois de ter lido isto leitor, mesmo depois de ter sido avisado e prevenido, acredite, você não está preparado para a sua primeira austeridade francesa, e não se engane, se você pensa em ficar uns tempos entre os franceses isto vai lhe ocorrer.



*(Para ser justa, já ouvi o contrário. Já ouvi francês reclamando da "política de boa vizinhança" que os brasileiros adotam uns com os outros, enquanto que na verdade estão pensando o oposto. Eu, como  filha de tupiniquim, prefiro não sair pela rua levando baldes de água fria a cada quarteirão, mas isto vai da opinião de cada um).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Presentes: ops, faltou um

Um dia desses conversei com a au pair atual da minha host family. A conversa foi bem interessante, ela me contou sobre a rotina detalhadamente, o que fazer com as crianças quando eles fizerem chiliques intermináveis, o que eles fazem, o que comem, como cada um é, como a vó é bacana, que eu vou conhece-la pois ela estará lá na casa, como eles...Peraí, a vó estará na casa??? Congelei na hora. Não que eu tenha medo de pessoas mais velhas, eu só não tinha comprado nenhum presente para ela. Então imagina chegar lá na casa, toda empolgada, ir tirando os presentes da mala e lançar um "foi mal, você não estava na minha lista, aceita um sonho de valsa?" Mico total. 

Para resolver essa questão, acordei cedo no domingo e fui correndo para a feirinha da Praça da República. Assim que cheguei já achei um presente super bacana a um preço acessível, mas olhei a feirinha toda para ter certeza se era isso mesmo e... nada. Então voltei correndo para a primeira barraquinha para comprar este presente aí debaixo.

É um quadro, ou pode virar um, feito de tecido, com uma técnica chinesa X, que se colocado contra a luz fica maravilhoso, e com um tema bem brasileiro. 


Ufa, deu tempo, que alívio! Agora posso embarcar tranquila, quer dizer, tranquila mesmo só vou ficar quando eles abrirem os presentes e gostarem. (Sob outra perspectiva).




domingo, 23 de setembro de 2012

Presentes: distração

Esta categoria de presentes chamo de "presentes para mim". Explico. Comprei alguns brinquedos que são distrações para as crianças, ou seja, um respiro para quando eu não souber o que fazer.

O primeiro é um homenzinho que fica dando cambalhotas, como se estivesse em uma barra de ginástica artística, basta apertas. Tenho certeza que o menininho vai adorar, e é uma boa distração para viagens de carro (se eles não puderem brincar com Ipad ou não tiverem tv no carro, claro...).


Este grilo debaixo é ótimo. É feito de pregador, você aperta, ele gruda no chão e pula. Meu irmão me contou que, toda vez que ele brincava com o grilo, ele fixava o olhar e dizia para si mesmo que não ia se assustar, e toda vez ele pulava de susto junto com o grilo, achei essa história excelente! (Ele tinha por volta de 3 anos na época).  Tentei fotografar o grilo pulando mas é óbvio que não consegui. 


Fantoche de dedo para contar histórias. (O coelhinho é meio assustador, não?)


Dinheiro brasileiro para as meninas brincarem de cidade (adorava brincar de cidade, mas eu usava o dinheiro do banco imobiliário). 


Comprei também o jogo do Mico com animais brasileiros, pulseirinha do Bonfim e missangas (dispensam fotos). Dica preciosa: minha mãe, como boa pedagoga, me disse para ir mostrando essas coisas aos poucos. Então, para primeiro dar os presentes, depois, quando eles já estiverem ficando entediados, dar outra coisa. Com os fantoches de dedo também, primeiro introduzir um, depois contar que ele tem um amiguinho e assim por diante... Porque desta forma eles sempre terão novidades. (Quanto ao grilo, vou dizer que encontrei um bichinho escondido na minha mala, o menino vai ficar se perguntando como raios ele foi parar lá).

Também pensei em levar elástico (alguém ainda lembra dessa brincadeira?), mas minha mãe me contou que lá na França eles têm elásticos maravilhosos, então fica de dica para quem não vai à França. E claro, tem as famosas 5 marias, que são divertidíssimas, mas estas eu mesma fiz.

Agora sim, terminei a série "presentes". Depois que eu der tudo eu posto aqui a reação deles

sábado, 22 de setembro de 2012

Presentes: lembrancinhas


Quando eu estava comprando os presentes achei chaveiros de havaianas em uma das barraquinhas. Logo que vi achei uma idéia excelente, afinal tinha desistido das havaianas verdadeiras, e em formato de chaveiro era perfeito, assim eles poderiam colocar na mochila. Mas os chaveiros estavam caros e industrializados demais para o meu gosto, então desisti. Dias depois entrei numa lojinha e encontrei outro tipo de chaveiro, um bem típico brasileiro. Foi assim que resolvi comprar estes chaveiros de garrafinha com areia colorida, que é bem mais bacana e impressionante para os pequenos.

Na feirinha da Praça da República também achei esses imãs. Gostei bastante das baianinhas, que são bem típicas do nosso Brasil, então logo comprei para as meninas. Mas para o menino não rolava dar uma baianinha né? E a outra opção da barraquinha era um mini saco de café. Se eu comprasse esse, coitado do menino, ele ia pensar que era um saco de carvão, igual a esses que dizem que o Papai Noel vai dar se a criança se comportar mal. Bom, rodei a feitinha inteira e não achei nada típico do Brasil, como tinha achado o palhacinho uma gracinha, resolvi levar (e está mesmo bonitinho, não?).

Também pensei em dar pedras. Sim, pedras! Os estrangeiros adoram as nossas pedras (cristais, quartzo, ágata, etc.), que são super caras por lá e super comuns por aqui. Mas este ainda estou cogitando...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Presentes: crianças

Para as crianças não é uma idéia muito boa dar enfeites de presente, eles não ligam. Criança gosta mesmo é de brinquedo, ou vai dizer que quando você tinha 8 anos seu presente favorito era pijama? Indo nesta linha, tentei pensar em brinquedos simples, afinal não quero ser extravagante, os presentes são mais lembrancinhas do que presentes propriamente. Também tentei pensar em algo não muito industrial, não quero dar algo que eles já tenham.
Para o menino de 3 anos comprei este pião. Escolhi este modelo porque é fácil para manejar.
 

Este debaixo comprei para a menina de 7 anos (chama escada de Jacó). Parece bobinho, mas a minha mãe disse que eu me divertia horrores com ele quando era pequena. 

E para a mais velha, de 9 anos, comprei um ioio colorido. 


Espero que eles não conheçam esses brinquedos, apesar de serem, digamos, globais, do contrário a situação vai ficar um pouquinho embaraçosa. Dica: quanto mais colorido, mais a criança se encanta.

Bom, estes foram os presentes  Mas sabe, vida de au pair é dura. Imagina ficar tentando distrair as crianças a tarde toda, porque lá na casa eles não podem ficar muito tempo na frente da tv. Então, pensando nisso, acabei comprando outras coisas. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Presentes: hosts (ou chefes)

Finalmente eliminei um assunto que estava me deixando aflita: comprei os presentes para a família. Presentear a família não é obrigatório, mas é de extrema simpatia, sem contar que isso acaba conquistando as crianças (e claro que isso para uma au pair é, como dizem os franceses, genial!).

Mas presentear completos estranhos é algo um tanto quanto complicado. A princípio tinha pensado em dar havaianas, que é algo simples e bem típico nosso. Mas conversando com a Lorena (ex-au pair e habitante da França), resolvi mudar de idéia. Por que? Descobri que os europeus, principalmente as crianças, não usam muito chinelo, primeiro porque é frio e depois porque eles não tem esse costume mesmo. Além disso, também achei previsível demais e industrial demais e eu queria dar algo diferente, mais original. 

Acabei indo parar na feirinha de domingo da Praça da República (São Paulo), que recomendo muito! Lá têm várias coisas diferentes, artesanatos lindos e vai além do básico 25 de Março. Foi lá que comprei quase todos os presentes. 

Primeiro os pais da família (ou os chefes). Pensei em camisetas mas não sei que número usam, depois pensem em cds e filmes brasileiros, mas tampouco conheço seus gostos. Então resolvi dar um enfeite, um artesanato brasileiro.

Para a minha chefe, comprei esse quadro lindo (mil vezes mais bonito ao vivo). É feito de couro, vazado (reparem na cor do fundo) e pintado. Ele tem um certo relevo, que obviamente não dá para ver na foto. Comprei o do tucano porque é uma ave típica das Américas. Ao lado, frente e verso.


Para o meu chefe comprei um enfeite de mesa. É uma peça feita de louça que encontrei na barraquinha do lado da do quadro de couro. (Uma gracinha né?)


Espero que eles gostem, porque comprei com carinho e, honestamente, fiquei com vontade de pegar para mim. Quando eu der, posto aqui as reações.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

E a vida segue em frente

De vez em quando eu paro para pensar na loucura em que fui me meter e me bate um certo medo. Afinal, aonde eu estava com a cabeça quando resolvi ser estrangeira em um país gelado, morar com completos desconhecidos, viver em outra língua e, como se não bastasse, tomar conta de três crianças. Aonde fui amarrar meu burro?

Mas sempre que me bate esse receio, lembro da frase:


E recordo dos motivos e fico novamente feliz com a minha decisão! 

domingo, 2 de setembro de 2012

Dica: blogs

Hoje eu descobri um site muito bacana que reúne blogs de brasileiros que moram longe da terrinha natal. Com certeza não tem todos os blogs brasileiros do mundo, mas tem muitos!

Então, para quem for para a Índia, Hungria, Bolívia, Angola (ou quem sabe Bélgica) dá uma passadinha por lá e descubra as curiosidades do seu país de destino. Site: Mundo Pequeno. Boa leitura!


sábado, 1 de setembro de 2012

Sonhos que se realizam

Cuidado com o que se deseja quando se é criança pois pode se tornar realidade. 

Claro que qualquer sonho que você tenha, em qualquer idade, pode se tornar realidade, basta correr atrás. Mas sempre achei os sonhos de criança diferentes. Quando somos adultos, nossos sonhos são mais conscientes, mais racionais. Você sonha em ir para Paris, por exemplo, porque conhece um pouco da história, da cultura, da paisagem, ou seja, você já tem uma noção do que vai encontrar por lá. 

Mas quando se é criança, os sonhos são diferentes, inconscientes. Tenho uma priminha que aos 7 anos dizia para todo mundo que um dia ela ia morar na Itália. Era sempre Itália, Itália, Itália. Quando a gente perguntava por que raios Itália, ela nunca sabia dizer. Provavelmente ela ouviu alguém falar, ou viu em um desenho animado. A questão é que ela não conhecia a Itália, mal sabia que era um país, não tinha idéia do que encontraria por lá, simplesmente Itália. 

É por isso que eu acho os sonhos das crianças interessantes. Eles não tem nenhuma lógica, pelo menos não que nem a dos adultos. E são justamente estes que podem se tornar realidade, assim, por acaso. Foi o que aconteceu comigo, e até agora ainda estou meio incrédula.

A primeira vez que ouvi falar da Bélgica eu tinha 10 anos. Era ano de Copa (98) e eu resolvi ver um jogo. Entrou em campo um país, seguido pela "Bélgica" - disse o narrador enrolando bem a língua para pronunciar o L como L e não como U. "Bélgica" eu repeti. Gostei daquele som. "Bélgica", ficava repetindo, achei um máximo. 

Foi assim que fiquei sabendo da existência desse país. Desde então sempre que alguém mencionava algo da Bélgica eu prestava atenção. Memorizei as cores da bandeira, descobri que ficava na Europa, entre França e Holanda, que eles tem um "Atomium" que é a Torre Eiffel deles, que os alemães levaram um dia para cruzar o país, que lá se falava um tal de "Flamengo". 

Oi? Pois é, achei estranhíssimo, que raios os pássaros flamingos tinham a ver com aquele país? De repente eram nativos de lá, vai ver era o símbolo do país... Só bem mais tarde fui entender que o tal do "flamengo" é flemish, que na verdade é holandês. Cada coisa que passa na mente das crianças né? Enfim, vivia dizendo para a minha mãe que um dia eu moraria na Bélgica.



Mas o tempo foi passando, fui aprendendo que o mundo é grande, fui ficando com vontade de conhecer muitos outros lugares e praticamente esqueci daquele país.

E foi assim, também por acaso, que a Bélgica cruzou o meu caminho de novo. Foi por acaso que resolvi estudar francês, nunca tive interesse pela França, resolvi aprender a língua apenas para aprender a ler e pronunciar corretamente palavras como "beaucoup", "reçois" etc... (Eu estava na faculdade e era obrigada a ler muitos textos em que apareciam palavras francesas, e eu não sabia pronunciar). Foi, também por acaso, que encontrei a família na Bélgica. Quando eu criei meu perfil no site, procurei famílias em qualquer país que falasse francês, a Bélgica nunca foi prioridade, na verdade eu me focava mesmo na França. Mas aconteceu, a mágica se deu com uma família da Bélgica, e ainda por cima de Bruxelas. 

Quando eu tinha 10 anos, eu nunca imaginei que um dia, de fato, conheceria aquele país tão legal de pronunciar. 14 anos depois meu sonho de criança vai se realizar, assim, totalmente ao acaso. E é por isso que eu acho os sonhos de crianças interessantes. Eles não tem lógica, mas costumam se realizar. 


E você, com o que sonhava quando era criança? Cuidado, pode ser que se realize. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Um mês e a saudade já vai apertando

Quero frutas todo dia, principalmente jabuticaba, nossa frutinha brasileiríssima que anuncia a primavera, quero pão de queijo da mamãe e o da padaria (sim, são diferentes), quero bolo mármore da Santa Marcelina, muito sol e céu azul, quero um pouco de praia, bananinha, goiabada, sem falar nos meus gatos e todas as pessoas queridas que vão me apertar muito o coração, ah...e muito muito mais....

Como diz a música: "je pense et puis oublie, c'est la vie c'est la vie" (eu penso e depois esqueço, é a vida é a vida).

sábado, 18 de agosto de 2012

Burocracia é apelido carinhoso

Hoje tive um pequeno surto. Já berrei em todas as almofadas e travesseiros que encontrei no caminho. Mas não foi o suficiente. Queria mesmo era enfiar uma caneta no pescoço do infeliz que inventou tanta burocracia!

Você acha que a parte mais difícil é achar uma família que te aceite? Espere para ver.

Você não imagina a complexidade, o tamanho da dificuldade, que estou tendo para conseguir juntar todos os documentos. Ou melhor, juntar não, porque já tenho todos em mãos, o meu problema está sendo mesmo com a tradução.

Eu achei que a tradução seria a parte mais fácil. Afinal eu já fiz tradução, sei como é. Em um ou dois dias dá para liquidar isso. E até aí eu estou certa. O problema, e que ninguém nunca te contou antes, é que para traduzir, antes mesmo de começar, você vai precisar legalizar todos os documentos. O drama é pior do que você pensa. Você terá que legalizar em TRÊS lugares diferentes! TRÊS!

Funciona assim: primeiro você tem que pegar todos os documentos que tem assinaturas (como diplomas, atestados) e levar no cartório em que a pessoa que assinou tenha firma reconhecida, para reconhecê-la de fato. Depois de fazer isso com t-o-d-o-s os documentos, você tem que levá-los para o Itamaraty para que eles legalizem.  Tudo isso só para ganhar um carimbozinho nos documentos dizendo que são válidos. Só depois disso que você poderá de fato traduzi-los (pois os carimbos também devem ser traduzidos, vai entender...). Depois disso tudo, como se já não estivesse legalizadíssimo, você ainda terá que levar os documentos no consulado do país que você quer ir para que ELES também legalizem. Só então que você pode mandar os documentos para o exterior. 

Achou pouco? Não acabou não. 

Além dessa baboseira toda, o seu diploma universitário continuará duvidoso. Por que não basta o MEC, órgão oficial do governo, lançar o maldito diploma, não basta reconhecer a assinatura do reitor no cartório, não basta o Itamaraty dizer que é legal e nem o próprio consulado. Não não, você ainda terá que pedir uma "declaração de que estudou, colou grau e tem o diploma" junto à Universidade, e adivinhem só, terá que reconhecer firma e legalizar, traduzir e legalizar de novo. 

Agora entende porque tanta crise?

Mas não se iluda. Este não é um procedimento único e exclusivo para a Bélgica não. Este é, aparentemente, um procedimento normal escrito nas instruções do site do Itamaraty (inclusive a "declaração"). Esse procedimento todo é pedido para qualquer documentação que precise ser apresentada em órgãos governamentais do exterior. Inclusive para tirar a cidadania italiana, viu! E ninguém fala a respeito.

*Essa burocracia toda é um acordo internacional. Quem vai para a França não vai encontrar tanta dificuldade porque o Brasil e a França fizeram um acordo bilateral para eliminar tanta frescura. 

sábado, 11 de agosto de 2012

Como comecei...Ou, Agência ou Site?

Algumas pessoas tem me perguntado sobre o processo para me tornar uma au pair, como fiz, onde encontrei a família, etc. Então achei que seria uma boa idéia de post. Este será um post só para quem procura a Europa como destino. (Será um post longo).

Existem duas formas de ser au pair na Europa. Através de uma agência ou através de sites. A diferença básica entre os dois é que a agência vai fazer por você o que você faria sozinho por um site. (Au pair nos EUA só é legalizado através de agências). Os dois tem suas vantagens e desvantagens, claro, então você deve analisar o que é melhor para você.

Agências. A maior vantagem de ir com uma agência é a segurança, o esclarecimento quanto as regras, leis, e a papelada toda. A agência vai te explicar como funciona o programa, horas trabalhadas, salário (ou "dinheiro de bolso" como eles chamam), férias, re-match, etc. Qualquer problema você pode pedir socorro, entende? Mas não se engane, ir com agência não é perfeito. Primeiro porque as agências cobram caro, você só pode escolher um país de destino, tem que comprovar 200 horas de trabalho com crianças (com site não é necessário)*, e as famílias podem demorar a aparecer (isso porque na Europa é comum contratar au pair somente através de sites). Sei de meninas que pagaram agências há quase um ano e nada. 

* Se você não tem experiência com crianças entre em contato com creches, escolinhas, jardins de infância e peça um estágio voluntário. Procurem também trabalhos sociais em igrejas, cuidar dos filhos do vizinho, acampamentos, ou entre para o CISV. Tente trabalhos com crianças de 0 a 10 anos para que possa ter uma idéia  de qual faixa etária você prefere. (Eu, por exemplo, descobri que odeio bebes, são lindos só de longe, hahaha, prefiro os de 3 anos para cima).

Sites. Existem diversos sites especializados no programa de au pair.  Como diz a Marissa, não seja ingênuo, faça perfil em vários sites. Os mais conhecidos são: Au Pair World, Great Au Pair e Au Pair Connect (consegui com o primeiro). O primeiro site fornece as leis, valores e informações no geral sobre o programa em cada país, dê uma conferida.

O lado ruim de ir através de um site é a segurança, afinal, qualquer um pode fazer um perfil. É chato também ter que negociar tudo com a família (eu, por exemplo, sou péssima negociadora), fora o medo do maldito re-match. Por outro lado você terá mais flexibilidade, por exemplo, o salário máximo pelas agências é de 320 euros (para a França), mas por site você achar uma família disposta a pagar mais. Outra vantagem é que através de site você pode procurar famílias em diversos países, sem contar que assim você não paga os preços abusivos das agências (gente, é abusivo sim!). Lembre-se que você terá contrato, com ou sem agência, e isso já dá uma certa segurança. (NUNCA vá para uma família que não queira fazer contrato).

Quando achar uma família, nunca se restrinja somente a ela (mesmo dando certo, continue conversando com outras, digo isso porque achei uma família perfeita, e só falava com eles, de repente eles me disseram ter encontrado a au pair, e tchau-tchau), e claro, seja flexível. Se você faz questão de ir para Paris, por exemplo, vai demorar mais para achar uma família e talvez tenha que aceitar condições um pouco piores. Se não gostar da família ou de alguma condição, não hesite em dizer não, afinal você vai conviver um ano com eles, tem que gostar! E se a família quiser pagar salário e escola de língua, não vai ficar cobrando a condução. 

Dicas: para garantir um pouco a segurança através de sites, quando você conversar com a família, peça para falar com a au pair anterior (se houver, e não fale na presença da família), peça para ver as crianças, peça o site da escola de língua, peça para ver fotos do quarto e procure no google o site da prefeitura da cidade. Pergunte sobre a rotina e quais serão suas tarefas na casa (porque sempre vão te pedir para limpar alguma coisa, assim você pode verificar se eles querem só uma empregada).

Se prepare financeiramente. Antes de fechar com alguma família, olhe o site da prefeitura, descubra o valor dos transportes, se tem biblioteca, piscina municipal (na Europa costuma existir piscinas públicas que cobram em torno de 1, 2 euros a entrada). Entre em sites de mercados, como o carrefour ou e.leclerc, e lojas e dê uma olhada nos valores, isso vai te ajudar a ter uma idéia se o seu salário será suficiente. 

ATENÇÃO: descobri que o programa de au pair para a Inglaterra é ILEGAL para brasileiros. Então cuidado, se alguma família da Inglaterra tiver interesse em você, é golpe, ponto. Não aceite, por mais dinheiro que ofereçam.

Minha saga.

Antes de decidir ser au pair resolvi descobrir se eu tinha paciência com crianças. Para isso eu entrei em contato com o jardim de infância que frequentei quando criança para pedir um estágio (voluntário). A diretora lá, uma graça, me aceitou e lá fui eu. Resultado: amei as crianças. Paciência? Descobri que tenho. (Espero que continue assim lá do outro lado do oceano). Paciência: ok. Experiência: ok. Resolvida essa questão lá fui eu atrás de todo o resto.

No começo eu até fui atrás de agências, fiz cotações e tal, e até estava considerando pagar uma agência (pela segurança mesmo). Mas resolvi fazer um perfil em um site só para dar uma olhadinha nas famílias, e ver, de repente, no que dava...E deu! Fui me empolgando, entrando em contato com muuuitas famílias (quase todas que tinham), muitas responderam negativamente, mas algumas gostaram de mim. Fui conversando, trocando e-mails, informações, até que achei uma família que gostei. Vi as kids, conversei com a au pair deles que me esclareceu tudinho e pronto, fechei! Então o site deu mais certo para mim.

Fiz o meu perfil no meio de junho, e em um mês achei a família. Normalmente não é tão rápido assim, diria que tive sorte, mas a época do ano também influenciou. A melhor época para procurar uma família é entre maio e agosto, que é quando tem mais ofertas de famílias. Isto porque o ano letivo deles começa em setembro.

Boa sorte para quem vai iniciar esse processo. Qualquer dúvida pode perguntar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Medo, já teve?

A primeira vez que ouvi falar do programa de au pair eu estava na faculdade, pensando como ia fazer para morar fora. Achei a idéia interessante, e desde então foi só isso, uma idéia. Mas de uns tempos para cá a coisa caminhou rápido demais! Tão rápido que me assusta. 

Em janeiro era só uma idéia, em março resolvi trabalhar em um jardim de infância só para ver se eu me dava bem com crianças. Em abril mudei completamente meus planos e me mudei para Londrina, para trabalhar em um jornal local, mas caminhos da vida me trouxeram de volta para São Paulo. Resolvi então fazer um perfil em um site de Au Pair, só para ver já que era de graça mesmo...Mandei um pedido de interesse aqui, outro ali, mas nada muito sério, a primeira resposta, inclusive, foi negativa. Mas de repente a coisa ando, ou melhor correu. Em menos de duas semanas conheci a família ideal, conversei com a au pair atual, com as kids, e já estou na correria da papelada para tirar o visto. 

E agora, e o medo? Pois é, porque já decidi que vou, aliás, já está combinadíssimo que vou, mas foi tudo assim tão rápido que agora tem me batido um medo. 

Medo de não dar certo, medo das crianças não irem com a minha cara, medo dos pais não gostarem de mim, medo de não entender nada do que eles falam, medo de não gostar, medo medo medo...A incerteza é tão grande na minha cabeça que toda noite durmo pensando em situações com as kids, o que fazer, o que falar, e mais, ainda tento pensar tudo em francês, só para praticar. Resultado, quase não durmo de preocupação. 

Mas a questão é que eu vou, com ou sem medo! Porque não dá para deixar de viver a vida por medo do desconhecido, né? Se eu amarelar e decidir ficar, sempre vou pensar "e se eu tivesse ido?". Acho que tenho mais medo de deixar de viver que sobrepõe o medo das dificuldades que virão. Afinal, dificuldades e medo do desconhecido teremos a vida inteira, com qualquer escolha. Então vamos lá, encarar os medos! Algum conselho?


domingo, 5 de agosto de 2012

Dicas

Antes de eu decidir ser au pair, como toda boa jornalista, fiz muitas pesquisas, li muitos blogs, enfim procurei muitas informações. Isso porque ser au pair não é uma decisão fácil, afinal você vai passar no mínimo um ano morando na casa de pessoas que você não conhece, cuidando de crianças que não são suas e tudo em outra língua, claro.  Bom, tomada a decisão, resolvi começar este blog, então nada mais justo do que compartilhar minhas zilhões de pesquisas.

Blogs. Aqui vai uma lista de blogs de outras au pairs que li:
  • Blog da Lorena, foi au pair na França.
  • Foi au pair na Irlanda e agora foi para a Itália.
  • Este blog é de uma americana, mas apesar de ser em inglês é bem bacana porque ela teve uma experiência bem diferente. Primeiro a família alugou um estúdio só pra ela, depois porque além de trabalhar como au pair ela arranjou um estágio (não-remunerado) na área dela. 
  • Blog da Patrícia, au pair na Bélgica.
  • Blog da Ana Paula, foi para a Suiça, mas não teve uma boa experiência, embora depois tudo tenha dado certo de outro modo.
  • Blog da Mirna, que foi au pair nos EUA. Li o blog dela só para ter mais noção do dia-a-dia de uma au pair.  
  • O blog da Ju é muito bacana porque traz dicas excelentes.
  • O blog da Jeh é novo, e assim como eu, ela também quer ser au pair. 
  • Este último é muito interessante porque é o blog de uma HOST MOM, ou seja, a visão e opinião do outro lado. Ela dá dicas para as famílias, achei interessante ler para ter uma noção do que elas pensam de nós (em inglês).
Estes dois outros blogs são de duas meninas que não foram como au pair, mas falam coisas interessantes sobre a França, já que moram por lá.
  • O blog da Amanda me conquistou pelos posts "Top 10" (coluna do lado esquerdo).
  • O blog da Mirelle tem dicas interessantes sobre viagens e outras coisas. 

Bom, estas são as minhas dicas de leituras. Agora vamos a outras dicas. Como vou para um lugar que fala francês procurei coisas em francês, como filmes, séries, músicas e mais. 

Séries e filmes. Quando eu comecei a estudar inglês comecei a ver séries (Friends) todos os dias, mas todos os dias mesmo, e assim eu aprendi rapidinho a falar inglês. Então, para facilitar o aprendizado de francês resolvi fazer a mesma coisa. Só tem um problema, é muito mais difícil achar sites com séries em francês, fora que OK, você pode até achar séries em francês, mas e a legenda? Então procurei séries americanas dubladas em francês (assim fica mais fácil achar a legenda). Procurei por quase 3 meses até que finalmente achei um site bom. 
  • Este site tem séries, além links para sites com filmes. 
  • Este e este sites são bons para procurar as legendas. 
  • Também achei um site com séries e filmes dublados em italiano para quem tiver interesse, só estou pondo aqui para aproveitar o espaço.
Músicas. Música é outra maneira muito boa para aprender outra língua. Enquanto eu estava estudando francês, pedi recomendações de artistas e bandas francesas para todos os meus professores, mas por algum motivo, nenhum deles sabia me recomendar, então fui atrás eu mesma. Vou passar alguns nomes interessantes que achei.
  • Gaëtane Abrial, ela canta músicas ao estilo country. 
  • Zaz, ela tem um estilo meio blues, chamaria de MPB francês, ela tem uma voz muito bonita, essa foi uma dica da Mirelle. 
  • Mika, sei que ele é inglês, mas esta música dele é em francês e é um desafio cantá-la pra mim. 
  • Jacques Dutronc, (mais uma dele, esta foi uma indicação da Amanda, embora eu só tenha ouvido muito tempo depois), estas duas músicas são super conhecidas na França.
  • Jenifer, bacana, é uma dica na verdade da Jeh.  
  • Bensé, ele tem um estilo meio Bob Dylan.
  • Coeur de Pirate, esta  é uma banda, foi indicação de uma amiga do francês.
  • Calogero, ele costuma tocar mais rock, embora essa música não pareça muito (foi com esta música que eu aprendi a pronunciar o "U" com biquinho que só os francês sabem fazer).
Essas são as bandas e artistas que conheço por enquanto, com certeza conhecerei mais quando estiver lá, do outro lado do oceano. 

Outros. Achei um site muito, mas muito bom mesmo, que ensina francês (que foi na verdade uma dica da Ju). O site na verdade é uma junção de vários sites com exercícios de francês, com gramáticas mas também coisas interessantes como músicas, filmes etc, que aliás foi de onde tirei a maioria das músicas aí de cima. 
Achei um site (dica da Mirelle) para conversar em outra língua bem interessante. É um site que reúne pessoas que gostariam de aprender ou melhorar um novo idioma. Para isso as pessoas se cadastram, dizem qual sua língua natal, e quais querem aprender. Assim as pessoas se conhecem e trocam informações sobre suas línguas, podem se conversar por escrito, oralmente, através do skype, ou podem até mesmo se conhecer pessoalmente. Eu usei o site, mas não me rendeu grandes coisas, quero dizer, cheguei a conversar com algumas pessoas em francês e em italiano, mas foi só, logo perdi o interesse. 
Este último site é mais uma dica para quem for para a Suíça, mais especificamente Genebra. Achei um tipo de clube para au pairs, o que sem dúvida é uma idéia bacana. 
Bom, por enquanto é isso. Espero ter sido útil! Quando eu descobrir mais alguma coisa compartilho aqui. 

*Dica extra. Baixar músicas em francês é um pouco difícil, convenhamos. Mas graças a uma amiga consegui um programa que baixa músicas direto do youtube, o que facilita um pouco as coisas.  
  • Programa para baixar músicas e vídeos direto do youtube. Depois que baixar e instalar, é só procurar o "Free Youtube to MP3 Converter", depois é só copiar e colar o link do youtube e voilà. 

Despedida com estilo

Sempre admirei aquelas pessoas espontâneas (no geral sangüíneas) que simplesmente vão lá e fazem, seja cantar num karaokê, dançar comicamente em um casamento, ou simplesmente pegar o carro e fazer um bate e volta pra praia. Tão simples na teoria, mas tão raro na prática.

Foram raras as vezes que fiz algo assim, totalmente espontâneo, totalmente do momento, e sempre valeram muito à pena. Uma vez, à caminho da faculdade, estava ouvindo rádio e tocou uma música do Coldplay. Eu só comentei com as meninas que eu gostava, e elas falaram que o show ia ser naquele dia. Quando eu voltei pra casa, pesquisei na net se ainda tinha ingresso- e barato (faltando menos de 5h pro show) e tinha. Fui correndo comprar, consegui com desconto pra estudante, e adivinha, fui e me diverti um montão! Quando eu acordei naquele dia não imaginava que iria num show, e foi um máximo!!! 

Uma outra vez, meus pais decidiram passar um fim de semana em Campos do Jordão na casa de uma tia. Eles me chamaram mas eu não estava com vontade naquela semana, e quando chegou o fim de semana eles foram super cedo. Quando eu acordei, já quase meio-dia, fiquei com muita vontade de ir, comentei com a minha prima e ela simplesmente disse "vai". Nunca fiz uma mala tão rápido, em menos de 5min já estava dentro de um ônibus em direção à rodoviária Tietê, em 1h estava dentro do ônibus em direção à Campos. Cheguei só de noite, mas foi muito gostoso, comemos pizza, no dia seguinte passeamos por uma cidadezinha próxima, e almoçamos em um restaurante do lado da Pedra do Baú. Foi realmente gostoso. 

Mas ontem foi o melhor passeio espontâneo que já fiz até agora. Minha irmã vai voltar pra Londrina, não sei se nos veremos antes da minha partida, então nos despedimos com estilo!

Acordamos já meio tarde (10h) e estava um dia lindo lá fora. Fomos tomar café vendo tv e passou uma propaganda do Wet'n Wild (parque aquático). Eu só comentei por comentar: "Bem que a gente podia ir no Wet'n Wild, faz tanto tempo." Ela respondeu: "Vamos! Por que não?"

E por que não? Nós sempre adoramos esse parque aquático, mas nunca mais voltamos lá desde crianças. Então decidimos ir, assim, simplesmente, sem mais nem menos! Ligamos para comprar ingressos (pelo tel é mais barato, fica a dica), fizemos uma malinha, olhamos o mapa e fomos. Em menos de 1h30 estavamos lá, nadando felizes da vida. Fomos em todos os brinquedos, várias e várias vezes!!! (porque não tinha filas, afinal quem vai em um parque aquático no meio do inverno?) Foi absurdamente delicioso. Aproveitamos ao máximo! Este foi com certeza o passeio mais espontâneo que já fiz que mais valeu a pena!!!

Então fica a dica. Para aqueles que são como eu, que pensam em tudo minunciosamente, deixem de pensar de vez em quando e façam, porque vai valer a pena!